Mortalidade materna no município do Rio de Janeiro, segundo sistemas de informação: características sociodemográficas e epidemiológicas de óbitos maternos
DOI :
https://doi.org/10.29397/reciis.v19iAhead-of-Print.3886Mots-clés :
Mortalidade materna, Complicações maternas graves, Sistemas de informação, Estratégia de Saúde da Família, Atenção Primária à SaúdeRésumé
Objetivou-se realizar estudo observacional transversal analítico de 276 óbitos maternos investigados, além de procurar entender as relações entre fatores de risco gestacionais e o desfecho em óbitos, em residentes no município do Rio de Janeiro, a partir dos dados secundários dos Sistemas Integrados de Vigilância dos Óbitos Maternos. A maior frequência de óbitos ocorreu: entre gestantes de 20 a 29 anos; de raça parda; que estudaram até o ensino fundamental; que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal; em gestações únicas; com partos cesáreos; que não recebiam Bolsa Família; em secundíparas e tercíparas; com partos a termo; no puerpério, tendo essas quatro últimas variáveis apresentado dependência com o desfecho óbito por complicações maternas graves. Os achados do estudo podem proporcionar o fortalecimento dos cuidados com a saúde da mulher nas redes de atenção e no controle e na prevenção de complicações maternas graves e óbitos maternos.
Références
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 12, p. 59, 13 jun. 2013. Disponível em: https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/resolucoes/2012/resolucao-no-466.pdf/view. Acesso em 12 mar 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância do óbito materno: normas e manuais técnicos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidem_obito_materno.pdf. Acesso em: 12 mar. 2025.
CARVALHO, Patrícia Ismael de et al. Perfil sociodemográfico e assistencial da morte materna em Recife, 2006-2017: estudo descritivo. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, n.1, 09 mar. 2020. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000100005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/S4bVNN8hT745pMXHGsTPMfG/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2025.
CASTRO, Bárbara Misslane da Cruz; RAMOS, Semírames Cartonilho de Souza. Perfil de mortalidade materna em uma maternidade pública da cidade de Manaus-AM. Saúde (Santa Maria), Santa Maria, v. 42, n.1, p. 103-112, jan.-jul. 2016. DOI: https://doi.org/10.5902/2236583420953. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/20953. Acesso em: 24 mar. 2025.
DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Factors associated with maternal near miss in childbirth and the postpartum period: findings from the birth in Brazil National Survey, 2011-2012. Reproductive Health, London, v. 13, supl. 3, p. 115, 2016. DOI: https://doi.org/10.1186/s12978-016-0232-y. Disponível em: https://reproductive-health-journal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12978-016-0232-y. Acesso em: 25 mar. 2025.
FERREIRA, Michelle Elaine Siqueira; COUTINHO, Raquel Zanatta; QUEIROZ, Bernardo Lanza. Morbimortalidade materna no Brasil e a urgência de um sistema nacional de vigilância do near miss materno. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 39 n. 8, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311XPT013923. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/zkhZSJfQRygCcHpywLpKmGp/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2025.
HERDT, Maria Carolina Wensing et al. Tendência temporal do Near Miss e suas variações regionais no Brasil de 2010 a 2018. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, [Rio de Janeiro], v. 43, n. 2, fev. 2021. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0040-1719144. Disponível em: https://journalrbgo.org/article/temporal-trend-of-near-miss-and-its-regional-variations-in-brazil-from-2010-to-2018/. Acesso em: 25 mar. 2025.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Objetivos de desenvolvimento do milênio: relatório nacional de acompanhamento. IPEA/Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. Brasília, DF: Ipea, maio 2014. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3205. Acesso em: 25 mar. 2025.
LIMA, Maíra Ribeiro Gomes de et al. Alterações maternas e desfecho gravídico-puerperal na ocorrência de óbito materno. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p. 324-331, jul.-set. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462X201700030057. Disponível em: 25 mar. 2025.
LISBOA, Cinthia Soares. Programa Bolsa Família na fase gestacional: desfechos perinatais de mulheres de um município do Recôncavo da Bahia. 2019. 111 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2019. Disponível em: http://tede2.uefs.br:8080/bitstream/tede/959/2/DISSERTA%C3%87%C3%83O_MESTRADO_CINTHIA%20LISBOA_30_03.pdf. Acesso em: 24 mar. 2025.
LONGHI, Silvana Aparecida Turatto; PETERLINI, Olga Laura Giraldi. Comissão interna de near miss materno em um hospital da Rede Mãe Paranaense no sudoeste do Paraná: implantação, desafios e perspectivas. Revista Saúde Pública do Paraná, Curitiba, v. 2, supl. 1, p. 21-30, jul. 2019. DOI: https://doi.org/10.32811/25954482-2019v2supl1p21. Disponível em: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/225. Acesso em: 25 mar. 2025.
MADEIRO, Alberto Pereira et al. Incidence and determinants of severe maternal morbidity: a transversal study in referral hospital in Teresina, Piaui, Brazil. BMC Pregnancy and Childbirth, London, n. 15, p. 210, 7 set. 2015. DOI: https://doi.org/10.1186/s12884-015-0648-3. Disponível em: https://bmcpregnancychildbirth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12884-015-0648-3. Acesso em: 25 mar. 2025.
MARTINS, Ana Claudia Sierra; SILVA, Lélia Souza. Perfil epidemiológico de mortalidade materna. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 71, supl. 1, p. 725-731, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0624. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/j7FSm5XkPvfcRHZQtMjJ8SK/?lang=pt. Acesso em: 24 mar. 2025.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Saúde Materna, Brasília, DF, 2023. Disponível em: https://www.paho.org/pt/node/63100. Acesso em: 5 maio 2023.
PICOLI, Renata Palópoli; CAZOLA, Luiza Helena de Oliveira; LEMOS, Everton Ferreira. Mortalidade Materna segundo raça/cor em Mato Grosso do Sul, Brasil, de 2010 a 2015. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 17, n. 4, p. 739-747, out.-dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042017000400007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/wzzT6BgrX3XWfk4W5MfGYpf/?lang=pt. Acesso em: 24 out. 2025.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde. Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE). Boletim Epidemiológico Mortalidade Materna, Rio de Janeiro: CIE, maio 2023. Disponível em: https://epirio.svs.rio.br/wp-content/uploads/2023/05/Livro_BoletimEpidemiologicoMortalidadeMaterna_Digital.pdf. Acesso em: 12 mar. 2025.
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde. Coordenação de Análise de Dados de Vitais. Grupo de Trabalho de Dados Vitais. Banco de dados dos Sistemas Integrados de Vigilância dos Óbitos Maternos – SISMAT. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 2020.
SAINTRAIN, Suzanne Vieira et al. Fatores associados à morte materna em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 28, n. 4, out.-dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.5935/0103-507X.20160073. Disponível em: https://criticalcarescience.org/article/factors-associated-with-maternal-death-in-an-intensive-care-unit/. Acesso em: 24 mar. 2025.
SANTANA, Danielly Scaranello et al. Near miss materno – entendendo e aplicando o conceito. Revista de Medicina, São Paulo, v. 97, n. 2, p. 187-94, mar.-abr. 2018. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p187-194. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/143212. Acesso em: 12 mar. 2025.
SANTOS, Hávila Thais de Santana et al. Os Malefícios do uso do tabaco na gestação e suas complicações ao feto. Revista de Enfermagem da UFPE online, Recife, v. 9, supl n. 9, p. 9978-9982, nov. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revistaenfermagem/article/view/10796. Acesso em: 24 mar. 2025.
SILVA, Flávia Teixeira Ribeiro da et al. Prevalência e fatores associados ao uso de drogas de abuso por gestantes. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 20, n. 4, p. 1109-1115, out.-dez. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042020000400010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/j5NnS5BkpnydpCm9sVLYsqt/?lang=en. Acesso em: 24 mar. 2025.
VIDAL, Carlos Eduardo Leal et al. Morbidade materna grave na microrregião de Barbacena/MG. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 131-138, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462X201600020181. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/397zrsFMZkYR3krjryv44cq/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Trends in maternal mortality 2000 to 2017: estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, World Bank Group and the United Nations Population Division. Genebra: WHO, 2019.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Trends in maternal mortality 2000 to 2020: estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, World Bank Group and UNDESA/Population Division. Genebra: WHO, 2023. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240068759. Acesso em: 12 mar. 2025.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Georgia de Oliveira Galimberti Zapata, Tatiana Rodrigues de Araujo Eleuterio 2025

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Direitos de autor: O autor retém, sem restrições dos direitos sobre sua obra.
Direitos de reutilização: A Reciis adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fundação Oswaldo Cruz. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Reciis. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores.
Direitos de depósito dos autores/autoarquivamento: Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na Reciis.