Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde
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<p>A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis) é editada, desde 2007, pelo <a href="http://www.icict.fiocruz.br/">Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict)</a> da <a href="http://portal.fiocruz.br/">Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)</a></p> <p>Trata-se de um periódico interdisciplinar trimestral de acesso aberto, revisado por pares e sem ônus para o autor. Publica textos inéditos, em português, inglês, espanhol ou francês, de interesse para as áreas de comunicação, informação e saúde coletiva. As submissões à Reciis são em fluxo contínuo. Apenas para os textos propostos aos dossiês temáticos, há um período específico para submissão, conforme indicado em Notícias. Os meses de publicação são: março, junho, setembro e dezembro.</p> <p>A Reciis não cobra taxa de processamento de artigo, o que inclui avaliação, edição, publicação, distribuição e acesso dos manuscritos submetidos.</p> <p><em>Atualizado em 25/01/2023</em></p> <p><strong>e-ISSN 1981-6278</strong></p>Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)pt-BRRevista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde1981-6278<p><strong>Direitos de autor:</strong> O autor retém, sem restrições dos direitos sobre sua obra.</p><p><strong>Direitos de reutilização:</strong> A Reciis adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a <a href="https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/portaria_-_politica_de_acesso_aberto_ao_conhecimento_na_fiocruz.pdf">Política de Acesso Aberto ao Conhecimento</a> da Fundação Oswaldo Cruz. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Reciis. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores.</p><p><strong>Direitos de depósito dos autores/autoarquivamento:</strong> Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na Reciis.</p><p> </p>Desordens informativas: análise de pronunciamentos de Jair Bolsonaro contra a vacinação de covid-19
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<p>Baseando-se nos conceitos de “desordens informativas” propostos por Claire Wardle e Hossein Derakhshan, este trabalho propõe-se a observar o fenômeno de hesitação vacinal e a opinião pública em relação à vacina CoronaVac contra a covid-19, a partir da análise de falas públicas do presidente Jair Bolsonaro sobre esse imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac. As falas em questão foram proferidas no período de julho de 2020 a janeiro de 2021. Através de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com finalidades exploratórias e descritivas, o trabalho analisou o conteúdo de dez pronunciamentos do então presidente sobre as vacinas no contexto do primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil e observou desordens informativas dos seguintes tipos: má informação (17,6%), informação incorreta (47,1%) e desinformação (35,3%) em todas as falas. As desordens informativas propagadas contribuíram para os sentimentos de desconfiança e as posturas coletivas de hesitação vacinal relacionadas à covid-19, principalmente em relação à CoronaVac.</p>Alice Agnes Spíndola MotaSidiany Mendes PimentelAlbertina Vieira de Melo Gomes Oliveira
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2023-06-302023-06-3017231133110.29397/reciis.v17i2.3513Ciência e comunicação: a presença de instituições brasileiras no YouTube
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3228
<p class="western" align="justify">No Brasil, somou-se à infodemia um processo de negacionismo e descrédito das ciências pelo espalhamento de fake news on-line, agravando as consequências da covid-19. A hipótese desse artigo é que as estratégias de Search Engine Optimization (SEO) e de web semântica podem melhorar significativamente a construção da presença digital de canais institucionais de ciência no Brasil, no combate às fake news. O objetivo é descrever e analisar dois canais institucionais no YouTube de produção pública da ciência. Para tal, foi utilizado o método quanti-quali, com métricas do Social Blade, observação direta e aplicação de questionário. Nos resultados, constatou-se a preferência por vídeos de curta duração, com diferenças substanciais no estilo artístico e narrativo. Os conteúdos geraram conversações e reações externas à academia, devido a circulação em outras redes sociais digitais. Conclui-se que o aprimoramento das técnicas de otimização nos dois canais, a partir da utilização de hashtags apropriadas e títulos mais atrativos ampliou o público final.</p>Eveline Stella de AraujoArielly Cristina de Moura Grande Benato
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2023-06-302023-06-3017233234810.29397/reciis.v17i2.3228Expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde e as desigualdades regionais no Brasil
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<p>O objetivo do estudo foi analisar a expansão da telessaúde na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e comparar as regiões geográficas. Estudo de série histórica com dados secundários da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) obtidos a partir dos módulos I e II do 1º (2012), do 2º (2014) e do 3º (2018) ciclos. Os equipamentos de Tecnologia da Informação e o uso da telessaúde foram associados aos ciclos e às regiões geográficas pelo teste quiquadrado ajustados pelo teste z de Bonferroni, e a comparação entre a média de equipamentos foi realizada pelo teste Kruskal-Wallis (p<0,05). Houve expansão no uso da telessaúde pelas Equipes de Atenção Básica (eAB) entre 2012 (12,7%), 2014 (27,7%) e 2018 (54,6%) (p<0,001). Houve aumento da média de todos equipamentos disponíveis para as eAB (p<0,001). Apesar do aumento na disponibilidade de equipamentos e do uso da telessaúde entre os ciclos e as regiões geográficas, as disparidades regionais se mantiveram, com as piores proporções no Norte e no Nordeste.</p>Tais Ivastcheschen TaquesEstela Baldani PintoKaryn Lemes RomanowskiRafael Gomes DitterichErildo Vicente MullerManoelito Ferreira Silva Junior
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2023-06-302023-06-3017234937110.29397/reciis.v17i2.3545Mortalidade por câncer de mama em mulheres idosas no Brasil e nas grandes regiões: uso do SISAP-Idoso
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<p dir="ltr">A idade avançada é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. O objetivo deste estudo é apresentar a situação epidemiológica e o acesso ao diagnóstico do câncer de mama entre idosas nas regiões do Brasil. O estudo é descritivo e compreende o período entre 2000 a 2019. Analisam-se indicadores de mortalidade, morbidade e acesso ao diagnóstico. A qualidade da informação da mortalidade foi analisada pelo indicador ‘óbitos com causa básica mal definida’. Segundo os resultados, a maioria dos óbitos foi prematura. As regiões Sul e Sudeste tiveram as maiores taxas de mortalidade por câncer de mama. Nas regiões Norte e Nordeste, há maior subnotificação de óbitos devido à qualidade das informações sobre mortalidade. Conclui-se que as idosas devem ser consideradas nas ações e nos programas sobre câncer de mama e que se deve aumentar o acesso ao diagnóstico das idosas.</p>Dalia Elena Romero MontillaCristina Montero ArizaletaNathalia Andrade de SouzaYrneh Yadamis Prado PalaciosVinícius de Souza Silva Carvalho
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2023-06-302023-06-3017237238610.29397/reciis.v17i2.3285Traumatismos dentários na rede social Instagram: um estudo exploratório
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3442
<p>Estudo exploratório realizado entre 14/02/2021 e 06/03/2021, visando mapear e caracterizar os perfis sobre traumatismos dentários no Instagram, analisar as publicações quanto ao teor e à qualidade do conteúdo, como também examinar a interação e a prática comunicativa. Foram incluídos 25 perfis que apresentavam baixa audiência e pequena atividade, considerando-se o número de seguidores, a frequência de atualização e o número de publicações. Dezoito perfis eram brasileiros e estavam vinculados a projetos de extensão de Instituições de Ensino Superior (IES). Realizou-se a análise de 13 <em>posts</em> dos três perfis ativos, e verificou-se que eles estavam em conformidade com os protocolos da Associação Internacional de Traumatologia Dentária. As práticas comunicativas eram informacionais não se configurando como espaços de aprendizagem colaborativa. Redes sociais <em>on-line</em> constituem-se atualmente em estratégias importantes para a divulgação científica e a participação cidadã, mas os limites e os desafios do seu uso devem ser levados em conta no planejamento das ações de comunicação institucional em saúde pública.</p>Amanda Isabela Firmino GomesMilena Ribeiro GomesJuliana Vilela BastosMaria Inês Barreiros Senna
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2023-06-302023-06-3017238740710.29397/reciis.v17i2.3442O estudo dos arquivos nas interfaces entre comunicação, história e saúde
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3854
<p>--</p>Igor SacramentoLuciana HeymannAna Paula Goulart Ribeiro
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2023-06-302023-06-3017224324710.29397/reciis.v17i2.3854Nutrição em rede: um relato de experiência de lives produzidas por um Grupo de Educação Tutorial durante a pandemia de covid-19
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<p>Devido às complexidades do período de pandemia de covid-19, houve um aumento do acesso às redes sociais para a busca de informações científicas. Este trabalho visa apresentar as adaptações de uma atividade de ensino, através de relato de experiência, promovido pelo Grupo de Educação Tutorial (GET) do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Foram ciclos de palestras com atualizações científicas e vivência prática, utilizando a rede social Instagram em formato de <em>lives</em>, sendo o conteúdo transmitido como entrevista, em dois blocos, totalizando seis <em>lives </em>com aproximadamente 55 minutos cada. O público interagiu com o palestrante, ao expressar opinião e encaminhar dúvidas através do recurso de comentários. Houve sucesso na participação dos alunos, fato confirmado pelo número de visualizações, uma vez que o total foi superior quando comparado às edições presenciais. A internet viabilizou encontros de pessoas, mesmo distantes, possibilitando o acesso a profissionais de outras cidades e transmitindo informações através da rede social.</p>Ayla Machado de PaulaThayzis de Paula SilvaAline Silva de Aguiar
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2023-06-302023-06-3017242343010.29397/reciis.v17i2.3328Os arquivos no centro das questões de identidade, imediatismo e memória
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3601
<p>Os arquivos estão no centro de práticas e políticas contraditórias: por um lado, produção massiva, recolha imediata, exploração instantânea e publicação aberta; por outro lado, esquecimento, destruição ou negligência, e acesso fechado. O artigo ilustra essas contradições comparando, em primeiro lugar, três iniciativas de recolha de arquivos que permitiram e permitem recuperar o lugar do ‘invisível’ nas nossas sociedades, contra duas operações mais coletivas na sequência da tragédia francesa de 13 de Novembro de 2015 e dos períodos de confinamento. Depois da recolha, colocam-se questões relacionadas com as tensões geradas pela produção digital: como gerir o fluxo contínuo, a exigência de imediatismo, o recuo da presença humana? Finalmente, num contexto em que coexistem políticas públicas de memória e medidas regulamentares destinadas a proteger o segredo de defesa e o direito ao esquecimento, como podem arquivistas e historiadores trabalhar em conjunto para garantir que esta memória possa ser restituída aos cidadãos?</p>Agnès Magnien
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2023-06-302023-06-3017224825910.29397/reciis.v17i2.3601Patrimônio e memória de interesse público em tempos de pandemia: um estudo sobre a comunicação de memórias e histórias da covid-19 em narrativas digitais
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3581
<p>A pandemia da covid-19 gerou aumento de repositórios de dados digitais que registram a memória das pessoas sobre a pandemia, originando diversas comunidades virtuais que promovem a produção de memórias por meio do envio de relatos de histórias de vida em diversas mídias. Com base num estudo exploratório de natureza documental, este trabalho apresenta um levantamento amplo e significativo de plataformas digitais provenientes de diversas ações e instituições universitárias, culturais e de meios de comunicação e associações da sociedade civil que lançaram repositórios digitais para coletar e compartilhar relatos sobre as experiências das pessoas durante a pandemia de covid-19. A análise e a comparação dos registros memoriais existentes em tais repositórios indicam a importância de relatos de histórias de vida integrados às narrativas visuais compostas por fotografias e vídeos para a construção de uma rede de memórias mais inclusiva da pandemia de covid-19, ou seja, uma rede pautada nas vivências de diversos públicos e/ou comunidades, constituindo-se como memória de interesse público e contribuindo para a construção de um patrimônio cultural desse contexto. Os resultados também indicam a importância das novas tecnologias como meios de comunicação e informação desses dados de interesse público, com destaque para as narrativas transmídia, presentes em algumas das plataformas analisadas, como formas narrativas contemporâneas que possibilitam a participação ativa e o engajamento de públicos diversos.</p>Luciana de Almeida CunhaFranceli GuaraldoPriscila Ferreira Perazzo
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2023-06-302023-06-3017226027810.29397/reciis.v17i2.3581O lampejo dos rastros nos intervalos da montagem: notas metodológicas sobre a incursão em arquivos da febre amarela e gripe espanhola
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3611
<p>No presente artigo, tecemos reflexões e apresentamos conceitos que têm orientado uma pesquisa nos registros de arquivos sobre a febre amarela e a gripe espanhola, nos acervos da Fundação Oswaldo Cruz, da Biblioteca Nacional e do Arquivo Nacional. A pesquisa é centrada na busca dos rastros e das ruínas desses eventos epidêmicos, mediante o método da montagem e com a perspectiva do limiar. Buscamos, por meio dessas materialidades, criar intervalos, experimentar e tecer brechas que prefiguram outros possíveis. Defendemos que, ao manejar, por meio da fabulação crítica, as formas como uma epidemia se faz aparecer, habilitamos a elaboração de uma imaginação política capaz de conferir ao futuro outras possibilidades e outros agenciamentos que não sejam a catástrofe e a melancolia.</p>Marcela Barbosa LinsÂngela Cristina Salgueiro Marques
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2023-06-302023-06-3017227929410.29397/reciis.v17i2.3611Lembrar e esquecer a respeito do povo Yanomami: a experiência de um arquivo digital marcado pelo testemunho jornalístico
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3613
<p>Este artigo analisa a produção da jornalista Eliane Brum como uma operação de memória, na qual a repórter seleciona o que deve ser lembrado a respeito dos impactos da pandemia de covid-19 e das violações ao direito à saúde do povo Yanomami. Foi realizada uma pesquisa qualitativa e feito um estudo de caso instrumental, a partir do corpus analítico de textos jornalísticos publicados no site El País Brasil e na plataforma Sumaúma. A narrativa jornalística disseminada se constitui em uma experiência de arquivo digital, no qual o registro histórico midiático se relaciona com a dialética da memória e do esquecimento, a partir do testemunho presente nos atos de enunciação. O artigo problematizou os limites de uma deontologia jornalística aliada a uma ética do cuidar ao narrar e viabilizar o acesso às imagens dos corpos de povos indígenas, no contexto de compartilhamento de informações sobre comunicação e saúde.</p>Andrea Cristiana SantosJônatas Pereira do Nascimento Rosa
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2023-06-302023-06-3017229531010.29397/reciis.v17i2.3613Arquivo marginal e suas trajetórias subalternas em manicômios e nas prisões
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3830
<p>Em entrevista à Reciis, Viviane Trindade Borges conta sobre sua trajetória acadêmica norteada pelas práticas, histórias de vida e experiências em instituições de internamento/confinamento – como manicômios,<br />leprosários e prisões – que ela estuda por meio de arquivos nelas encontrados. Para a pesquisadora, os documentos provenientes desses lugares “de sequestro”, como se refere Foucault a essas instituições, dizem respeito a memórias não reivindicadas e a eventos controversos marcados por traumas e violações de direitos humanos. Em suas pesquisas, a historiadora traz à tona trajetórias obscuras, anônimas e trágicas de sujeitos colocados à margem, ao descaso e levados ao esquecimento. Na entrevista, a cientista ressalta a exigência de um posicionamento ético na recuperação de histórias reveladas em arquivos marginais, de modo que não se limite à estigmatização e/ou à exotização; comenta sobre o seu entendimento do conceito de arquivo marginal e a importância da comunicação histórica que permite ativar memórias, interagir e elaborar visões sobre o passado que ainda reverberam no presente. Viviane Trindade Borges é Professora Associada da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).</p>Viviane Trindade Borges
Copyright (c) 2023 Viviane Trindade Borges
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2023-06-302023-06-3017240842210.29397/reciis.v17i2.3830Condutas não profissionais no uso das mídias sociais por estudantes da área da saúde: revisão integrativa da literatura
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3265
<p>O objetivo deste artigo é revelar o comportamento nas mídias sociais de estudantes de cursos de graduação na área da saúde do ponto de vista da ética profissional. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com base na pergunta norteadora: “Há condutas não profissionais na produção de conteúdo nas mídias sociais por estudantes da área da saúde?”. Foram encontrados 495 estudos nas bases de dados pesquisadas. Destes, dez atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos incluídos haviam sido feitos com estudantes dos cursos de enfermagem, medicina e odontologia. Todos demonstraram sua má conduta nas mídias sociais em algum momento. Há mais relatos de visualizações de condutas antiprofissionais nos perfis de outros colegas do que autorrelatos quanto a esse aspecto. Conclui-se que é evidente a má conduta, nas mídias sociais, de estudantes de enfermagem, medicina e odontologia.</p>Thainanda da Silva PinheiroKelly Cristina dos Santos RamosRayane Fontenele VictorVanessa Luisa Destro Fidêncio
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2023-06-302023-06-3017243144310.29397/reciis.v17i2.3265Quando falta o ar, um convite para conhecer o SUS
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3759
<p>Esta resenha analisa o filme Quando falta o ar, de Ana Petta e Helena Petta (Brasil, 2021). O documentário mostra o trabalho diário de trabalhadoras e trabalhadores do sistema público de saúde brasileiro durante a pandemia de covid-19. Com foco no cuidado e revelando a face humana da luta coletiva, o filme evidencia a interseção entre saúde, religiosidade, desigualdade e racismo estrutural em várias regiões do país, ao mesmo tempo em que se articula, na forma e conteúdo, com os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, equidade e integralidade. Ao chegar às telas de cinema e às plataformas de streaming, o documentário cumpre um importante papel de comunicação sobre o SUS, presente em todos os 5.570 municípios do país e do qual mais de 160 milhões de pessoas dependem exclusivamente para ter acesso a serviços de saúde.</p>Daniela Muzi
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2023-06-302023-06-3017244445010.29397/reciis.v17i2.3759Expediente v. 17, n. 2
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3862
<p>--</p>Reciis .
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2023-06-302023-06-30172IIVInteligência artificial e saúde: ressituar o problema
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3842
<p>Diante dos avanços recentes da inteligência artificial, a presente nota de conjuntura busca recolocar questões fundamentais que emergem nesse contexto. Deslocando-se tanto das leituras salvacionistas quanto apocalípticas, argumentamos que a perda do privilégio do excepcionalismo humano pode ser uma oportunidade para repensar a inteligência a partir de uma perspectiva relacional e co-produzida entre humanos e outros-que-humanos. Tal perspectiva, no entanto, deve ser acompanhada de um olhar atento às relações de poder que em grande medida definem os destinos da IA. Sobre esse aspecto, apontamos as implicações do modelo epistêmico e de negócios hegemônico da IA, um modelo preditivo aceleracionista dominado por grandes empresas de tecnologia. Finalmente, destacamos alguns riscos envolvidos na inclusão de máquinas inteligentes no campo da saúde, bem como os perigos da subordinação de valores e direitos públicos a interesses comerciais, o que demanda uma atenção e um cuidado coletivos e permanentes na construção dos arranjos sociotécnicos e políticos de implementação da IA nesse campo.</p>Fernanda BrunoPaula Cardoso PereiraPaulo Faltay
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2023-06-302023-06-3017223524210.29397/reciis.v17i2.3842Estrutura e identidade de uma revista científica
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/3829
<p>--</p>Christovam BarcellosKizi Mendonça de AraújoIgor Sacramento
Copyright (c) 2023 Christovam Barcellos, Kizi Mendonça de Araújo, Igor Sacramento
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2023-06-302023-06-3017223123410.29397/reciis.v17i2.3829