A mulher bioquímica: invenções do feminino a partir de discursos sobre a pílula anticoncepcional

Autores

  • Tatiane Leal Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Programa de Pós-Graduação. Rio de Janeiro, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-0410-809X
  • Bruna Bakker Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Programa de Pós-Graduação. Rio de Janeiro, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1303

Palavras-chave:

pílula anticoncepcional, feminismo, medicalização, corpo, ativismo, contracepção, gênero, mídia.

Resumo

A pílula anticoncepcional, contraceptivo reversível mais utilizado no Brasil, torna-se, na mídia, motivação para a produção de discursos sobre a mulher. Se sua invenção facultou a dissociação entre a prática sexual e a maternidade, atualmente o medicamento é considerado nocivo em alguns contextos. A partir da perspectiva teórica da genealogia, analisamos quais são as invenções possíveis do feminino a partir dos discursos sobre a pílula hoje. Como metodologia, utilizamos a análise do discurso de reportagens da revista Veja e de postagens em grupos de contracepção não hormonal no site de rede social Facebook. Os resultados mostram que, nas matérias, o medicamento aparece como motor de emancipação da mulher; enquanto nos grupos novos ativismos levantam a bandeira do corpo sem pílula como ação política pela conquista da liberdade. Concluímos que, no regime de saber-poder contemporâneo, o resgate do corpo feminino natural se reconfigura como um dispositivo de liberdade frente ao controle da medicalização.

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Publicado

29-09-2017

Como Citar

Leal, T., & Bakker, B. (2017). A mulher bioquímica: invenções do feminino a partir de discursos sobre a pílula anticoncepcional. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 11(3). https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1303

Edição

Seção

Artigos originais