Internações por condições sensíveis a atenção primária (ICSAP): discutindo limites à utilização deste indicador na avaliação da Atenção Básica em Saúde

Autores

  • Vilma Constancia Fioravante dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil
  • Eliziane Nicolodi Francescato Ruiz Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil
  • Adriana Roese Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil
  • Alice Kalsing Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil
  • Tatiana Engel Gerhardt Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v7i2.467

Palavras-chave:

Atenção primária à saúde, Internação hospitalar, Sistemas de informação em Saúde, Avaliação em saúde, Indicadores de Saúde.

Resumo

Visou-se problematizar, com base em informações produzidas a partir de dados secundários do DATASUS, a utilização do indicador Internações por Condições Sensíveis a Atenção Primária (ICSAP) na avaliação da Atenção Básica (AB). O estudo foi quantitativo, descritivo e exploratório, tendo como subsídios informações de 13 municípios do Rio Grande do Sul. Os dados apontam que, apesar de haver tendência de diminuição nas taxas de ICSAP em todos municípios, há grandes disparidades entre eles. Ao analisar a capacidade instalada, verificou-se que os municípios que apresentaram menores tendências de diminuição nas ICSAP possuem pelo menos um hospital; já os que obtiveram maiores tendências de diminuição nas ICSAP são os que possuem apenas AB. Constatou-se também, que a diminuição das taxas de ICSAP não acompanhou o aumento na cobertura populacional por ESF. Sugere-se que a demanda por internações nos municípios analisados estaria ocorrendo mais na direção de uma oferta hospitalar instalada e das inadequações do sistema de saúde como um todo, do que das necessidades em saúde não atendidas pela AB. Assim, o uso isolado deste indicador para avaliar a AB, sem levar em conta outras questões desse âmbito e da rede de serviços dos Municípios, é um importante limite do seu uso.

Informações do artigo

Recebido: 15.03.2013

Aceito: 27.05.2013


 

Biografia do Autor

Vilma Constancia Fioravante dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Mestranda do curso de Pós-graduação em Enfermagem, da UFRGS (PPGEnf/UFRGS). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Membro do Grupo de Estudos em Saúde Coletiva (GESC/UFRGS).

Eliziane Nicolodi Francescato Ruiz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS). Membro do Grupo de Estudos em Saúde Coletiva (GESC/UFRGS).

Adriana Roese, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Profª Drª Curso de Análise de Políticas de Sistemas de Saúde na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Alice Kalsing, Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Graduação em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Membro do Grupo de Estudos em Saúde Coletiva (GESC/UFRGS).

Tatiana Engel Gerhardt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Doutora em Antropologia Social e Cultural, Université de Bordeaux 2 Victor Segalen, França; Pesquisadora e professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no curso de Graduação em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem e Prof. Programa de Pós Graduação em Enfermagem (PGEnf/UFRGS), Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva (PPGCol/UFRGS) e Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS).

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Como Citar

Santos, V. C. F. dos, Ruiz, E. N. F., Roese, A., Kalsing, A., & Gerhardt, T. E. (2013). Internações por condições sensíveis a atenção primária (ICSAP): discutindo limites à utilização deste indicador na avaliação da Atenção Básica em Saúde. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 7(2). https://doi.org/10.3395/reciis.v7i2.467