Iniquidades na comunicação sobre deficiência em campanhas do Ministério da Saúde, entre 1988 e 2020, no marco da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência de 2002
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v19i1.4298Palavras-chave:
Pessoas com deficiência, Desigualdades em saúde, Comunicação em saúde, Promoção da saúde, Representação da deficiênciaResumo
Este artigo apresenta a análise feita, durante pesquisa de mestrado, sobre as imagens da deficiência inscritas em cartazes de campanhas de saúde, publicados entre 1988 e 2020, pelo Ministério da Saúde do Brasil, tendo como marco a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, de 2002. Foram encontrados apenas cinco exemplares e para analisá-los foi utilizada uma abordagem qualitativa das imagens e de suas representações. Como principal resultado, destaca-se um reforço à invisibilidade da pessoa com deficiência, face à ausência de campanhas nacionais de saúde e à ausência de cartazes com essa temática. Mesmo em diferentes momentos históricos, a deficiência permaneceu restrita ao corpo, fortalecendo o conceito (bio)médico e as iniquidades em saúde, na contramão do modelo biopsicossocial defendido pela Organização das Nações Unidas, pela Organização Mundial de Saúde, pelos dispositivos legais, pelo movimento social das pessoas com deficiência e, especialmente, pelas próprias pessoas com deficiência.
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