Centro de Convivência Virtual: potencialidades e desafios para a promoção da saúde e redes de afeto em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.29397/reciis.v16i3.3307Palavras-chave:
Política pública, Convivência, Isolamento social, Saúde mental, Covid-19Resumo
A pesquisa apresentada neste artigo foi realizada com o objetivo de estudar as potencialidades e os desafios encontrados na convivência virtual para a continuidade do trabalho dos Centros de Convivência e Cultura (CECOs), que são pontos da rede de atenção psicossocial do SUS. O estudo se caracteriza como uma pesquisa-intervenção por meio da qual se investigou como a Agenda ConViver, através das 28 oficinas por ela ofertadas, pôde servir como uma ferramenta para promoção da saúde e o fortalecimento das redes de afeto no período da pandemia de covid-19 estudado. O método usado foi o grupo focal online com gestores, usuários e usuárias, oficineiros e a equipe de comunicação. Os resultados apontaram que a convivência virtual não substitui a convivência presencial, mas que, quando balizados por uma ética afetiva e relacional, é possível reduzir os danos do isolamento social e promover saúde por meio do uso da tecnologia da informação e comunicação (TIC).
Referências
ALVAREZ, Ariadna Patricia Estevez. Convivência como atividade de produção do comum: Cartografias com Centros de Convivência. 2020. 272f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.
ALVAREZ, Ariadna Patricia Estevez; ALMEIDA, Neli Maria de Castro; FIGUEIREDO, Angela Pereira. Por uma política da convivência: movimentos instituintes na Reforma Psiquiátrica Brasileira. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 44, n. 127, p. 1300-1311, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104202012725. Disponível em: https://scielosp.org/article/sdeb/2020.v44n127/1300-1311/. Acesso em: 07 abr 2022.
ALVAREZ, Ariadna Patricia Estevez et al. Convivência Virtual: a arte de tecer redes com o trabalho afetivo antimanicomial. Revista GEMInIS, São Carlos, v. 11, n. 3, p. 87-107, 2021. Disponível em: https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/566. Acesso em: 07 abr 2022.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Portugal: Edições 70, 2015.
BEZERRA, Anselmo César Vasconcelos et al. Fatores associados ao comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, supl. 1, p. 2411-2421, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.1.10792020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020006702411&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 07 abr 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html. Acesso em: 19 jul. 2022.
CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
CASTIEL, Luis David. Promoção de saúde e sensibilidade epistemológica da categoria comunidade. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 5, p. 615-622, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000500001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/fw6bG5xyf9vrsD9xrPrW5HB/?lang=pt. Acesso em: 07 abr 2022.
CRUZ NETO, O.; MOREIRA, M. R.; SUCENA, L. F. M. Grupos focais e pesquisa qualitativa: o debate orientado como técnica de investigação. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 13., Ouro Preto, 04-08 nov. 2002. Anais [...] Campinas: ABESP, 2002.
DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Félix. O anti-Édipo. São Paulo: Ed. 34, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Félix. Mil Platôs. São Paulo: Ed. 34, 1995.
DUARTE, Adriana Bogliolo Sirihal. Grupo focal online e offline como técnica de coleta de dados. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 17, n. 1, p. 75-85, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ies/article/view/487/1467. Acesso em: 07 abr. 2022.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Fiocruz Brasília. Centro de estudos e pesquisas em emergências e desastres em saúde. Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia covid-19: recomendações gerais. Brasília: Fiocruz, 2020.
GALLETTI, Maria Cecília. Qual o lugar dos Centros de Convivência na rede substitutiva? In: CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO. Centros de convivência e cooperativa. São Paulo: CRP-SP, 2015. p. 19-22. (Cadernos Temáticos CRP-SP, 15).
GUATARRI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996.
HAESBAERT, Rogério; GLAUCO, Glauco. A desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 7, p. 07-22, 2009. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2002.v4i7.a13419. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13419. Acesso em: 07 abr. 2022.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.
LIMA, Elizabeth Maria Freire de Araújo; YASUI, Silvio. Territórios e sentidos: espaço, cultura e cuidado na atenção psicossocial. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. 102, p. 593-606, 2014. DOI: https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140055. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/QbbzS8wB6xFWrmKHPKCNRMb/abstract/?lang=pt. Acesso em: 07 abr. 2022.
LIMA, Rossano Cabral. Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil: impactos na saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. v. 30, n. 2, p. e300214, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312020300214. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/nyq3wrt8qpWFsSNpbgYXLWG/?lang=pt#. Acesso em: 07 abr. 2022.
ORNELL, Felipe et al. “Pandemic fear” and covid-19: mental health burden and strategies. Brazilian Journal of Psychiatry, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 232-235, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-4446-2020-0008. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbp/a/WGD9CnJ95C777tcjnkHq4Px/?lang=en. Acesso em: 07 abr 2020.
PASSOS, Eduardo et al. A dimensão instituinte da avaliação. In: ONOCKO-CAMPOS, Rosana Teresa et al.(org.). Pesquisa avaliativa em saúde mental: desenho participativo e efeitos da narratividade. São Paulo: Hucitec, 2008. p. 249-277.
QUÉAU, Philippe. Cibercultura e info-ética. In: MORIN, Edgar (org.). A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. p. 460-480.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
SILVEIRA, Nise da. O mundo das imagens. São Paulo: Ática, 2001.
SOMMER, Márcia Regina Ribeiro Gomes; PINHO, Maria José de. Tecnologias da informação e comunicação e o paradigma educacional emergente: em favor de uma formação transdisciplinar. Revista Observatório, Palmas, v. 3, n. 5, p. 301-320, 1 ago. 2017. DOI: https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n5p301. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3539. Acesso em: 07 abr. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ariadna Patricia Estevez Alvarez, Neli Maria de Castro Almeida, Claudia Osório da Silva, Marise de Leão Ramôa, Rita de Cassia Vieira Filippo, Isabella Cunha Alves da Silva, Cláudia da Rocha Vieira, Isabela Lopes Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Direitos de autor: O autor retém, sem restrições dos direitos sobre sua obra.
Direitos de reutilização: A Reciis adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fundação Oswaldo Cruz. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Reciis. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores.
Direitos de depósito dos autores/autoarquivamento: Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na Reciis.
