Perspectiva dos profissionais de saúde sobre o uso da telessaúde no contexto da pandemia da covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29397/reciis.v17i1.3261

Palavras-chave:

Telemedicina, Telemonitoramento, Telessaúde, Centros de reabilitação, Políticas de eSaúde

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar o uso e os impactos da telessaúde em um Centro Especializado em Reabilitação (CER), sob a perspectiva dos profissionais de saúde, durante a pandemia da covid-19. Trata-se de um estudo transversal analítico realizado com profissionais da saúde de um CER. Utilizou-se questionário desenvolvido pelos pesquisadores sobre o perfil sociodemográfico e a percepção do profissional em relação aos atendimentos realizados à distância. Os dados foram analisados com pacote estatístico SPSS (26,0). Foi adotado nível de significância de 5% (p < 0,05). Amostra composta por 79 profissionais, a maioria formados há mais de dez anos, sem experiências com telessaúde. Houve relação significativa entre quantidade de ferramentas utilizadas com grau de dificuldade, e presença de treinamento com a autossatisfação sobre o atendimento. A escolha da ferramenta está intrinsecamente ligada à disponibilidade, à habilidade e à tarefa a ser realizada. O treinamento prévio demonstrou redução de barreiras e satisfação profissional.

Biografia do Autor

Iriana Moraes Eduardo, Universidade Evangélica de Goiás, Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Funcional e Reabilitação. Goiânia, GO

Especialização em Saúde Funcional e Reabilitação pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Letícia de Araújo Morais, Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde. Brasília, DF

Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás.

Paulo Fernando Lôbo Corrêa, Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Goiânia, GO

Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás.

Referências

ABD-ALRAZAQ, Alaa et al. Overview of technologies implemented during the first wave of the covid-19 pandemic: scoping review. Journal of Medical Internet Research, Toronto, v. 23, n. 9, p. e29136, set. 2021. DOI: https://dx.doi.org/10.2196/29136. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8767979/. Acesso em: 5 nov. 2021.

AQUINO, Estela Maria Motta Leão et al. Medidas de distanciamento social no controle da pandemia de covid-19: potenciais impactos e desafios no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 2423-2446, jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.1.10502020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/4BHTCFF4bDqq4qT7WtPhvYr/?lang=pt#. Acesso em: 24 nov. 2021.

ATINGA, Roger A. et al. E-health usage and health workers’ motivation and job satisfaction in Ghana. PloS One, São Paulo, v. 15, n. 9, p. 1-10, set. 2020. DOI: https://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0239454. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0239454. Acesso em: 15 jul. 2021.

BARBOSA, Ingrid de Almeida; SILVA, Maria Júlia Paes da. Nursing care by telehealth: what is the influence of distance on communication? Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 70, n. 5, p. 978-984, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0142. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/RVP63D6Rr9BjBwJPxkVm9qg/?lang=en. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 13.989, de 15 de abril de 2020. Dispõe sobre o uso da telemedicina durante a crise causada pelo coronavírus (SARS-CoV-2). Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 73, p. 1, 16 abr. 2020a. Seção I. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.989-de-15-de-abril-de-2020-252726328#:~:text=Art.,emergencial%2C%20o%20uso%20da%20telemedicina. Acesso em: 10 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 467, de 20 de março de 2020. Dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de covid-19. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 56-b, p. 1, 23 mar. 2020b. Seção I. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-467-de-20-de-marco-de-2020-249312996. Acesso em: 10 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde. Guia metodológico para programas e serviços em telessaúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_metodologico_programas_servicos_telessaude.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.

CAETANO, Rosângela et al. Desafios e oportunidades para telessaúde em tempos da pandemia pela covid-19: uma reflexão sobre os espaços e iniciativas no contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, n. 5, p. 1-16, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00088920. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/swM7NVTrnYRw98Rz3drwpJf/?lang=pt. Acesso em: 24 nov. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Ofício CFM n. 1756/2020 – COJUR. Brasília, DF: CFM, 19 mar. 2020. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/images/PDF/2020_oficio_telemedicina.pdf. Acesso em: 22 dez. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Resolução CFM n. 2.227/2018. Define e disciplina a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos mediados por tecnologias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 58, 6 fev. 2019. Seção I. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/images/PDF/resolucao222718.pdf. Acesso em: 22 dez. 2022.

DAMASCENO, Renata Fiúza; CALDEIRA, Antônio Prates. Fatores associados à não utilização da teleconsultoria por médicos da Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 8, p. 3089-3098, ago. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018248.28752017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/MRRvhCdyhF3FpTcg4gkP3ns/?lang=pt. Acesso em: 5 nov. 2021.

DONG, Ensheng; DU, Hongru; GARDNER, Lauren. An interactive web-based dashboard to track covid-19 in real time. The Lancet Infectious Diseases, Londres, v. 20, n. 1, p. 533-534, maio 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(20)30120-1. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30120-1/fulltext. Acesso em: 22 set. 2021.

DORSEY, E. Ray; TOPOL, Eric J. State of Telehealth. The New England Journal of Medicine, Boston, v. 375, n. 2, p. 154-161, jul. 2016. DOI: https://doi.org/10.1056/NEJMra1601705. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMra1601705?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed. Acesso em: 28 maio 2020.

HEYER, Arianna et al. Medical oncology professionals’ perceptions of telehealth video visits. JAMA Network Open, Chicago, v. 4, n. 1, p. e2033967, jan. 2021. DOI: https://dx.doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2020.33967. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2775074. Acesso em: 24 nov. 2021.

HILTY, Donald M. et al. Mobile health, smartphone/device, and apps for psychiatry and medicine: competencies, training, and faculty development issues. Psychiatric Clinics of North America, Filadélfia, v. 42, n. 3, p. 513-534, set. 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.psc.2019.05.007. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0193953X19300486?via%3Dihub. Acesso em: 20 nov. 2021.

KEENAN, Amanda Jane; TSOURTOS, George; TIEMAN, Jennifer. The value of applying ethical principles in telehealth practices: systematic review. Journal of Medical Internet Research, Toronto, v. 23, n. 3, e25698, mar. 2021. DOI: https://dx.doi.org/10.2196/25698. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33783366/. Acesso em: 5 nov. 2021.

LAW, Timothy et al. Conceptual framework to evaluate health care professionals’ satisfaction in utilizing telemedicine. The Journal of the American Osteopathic Association, Chicago, v. 119, n. 7, p. 435-445, jul. 2019. DOI: https://doi.org/10.7556/jaoa.2019.080. Disponível em: https://www.degruyter.com/document/doi/10.7556/jaoa.2019.080/html. Acesso em: 3 set. 2021.

LÓPEZ, C.; CLOSA, C.; LUCAS, E. Telemedicine in rehabilitation: post-covid need and opportunity. Rehabilitación, Madri, v. 54, n. 4, p. 225-227, out.-dez. 2020. DOI: https://dx.doi.org/10.1016/j.rh.2020.06.003. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048712020300803?via%3Dihub. Acesso em: 9 jul. 2021.

NGUEYN, Mary; WALLER, Morgan; PANDYA, Aarti; PORTNOY, Jay. A review of patient and provider satisfaction with telemedicine. Currenty Allergy and Asthma Reports, Filadélfia, v. 20, p. 1-7, set. 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s11882-020-00969-7. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11882-020-00969-7. Acesso em: 10 jul. 2021.

OLIVEIRA, Jonaina Fiorim Pereira de et al. Barreiras e facilitadores na implementação da telerreabilitação em um serviço de reabilitação durante a pandemia da covid-19: relato de experiência. In: MARTINS, Ernane Rocha; SILVA, Patrício Francisco da; LEITE, Dennis Soares (org.). Tecnologias emergentes na saúde: inovações e tendências na gestão dos cuidados em saúde. São Paulo: Editora Científica, 2021. p. 43-54.

SACHETT, Jacqueline de Almeida Gonçalves. Adaptation for professional health care in times of covid-19: contributions from telehealth to the “new normal”. Journal Health NPEPS, Cáceres, v. 5, n. 2, p. 11-15, jul.-dez. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.30681/252610104877. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/4877. Acesso em: 24 nov. 2021.

SANTOS, Alaneir de Fátima dos et al. Uma visão panorâmica das ações de telessaúde na América Latina. The Pan American Journal of Public Health, Washington, DC, v. 35, n. 5-6, p. 465-470, 2014. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v35n5-6/25.pdf. Acesso em: 29 maio 2020.

SIMON, Gregory E. Why the nails should boss the hammers. Psychiatric Services, Washington, DC, v. 70, n. 8, p. 642-643, maio 2019. DOI: https://doi.org/10.1176/appi.ps.201900218. Disponível em: https://ps.psychiatryonline.org/doi/10.1176/appi.ps.201900218. Acesso em: 27 nov. 2021.

SORATTO, Jacks et al. Satisfacción de los profesionales de la estrategia de salud familiar en el Brasil: un estudio cualitativo. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 29, n. 1, p. e20180104, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2018-0104. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/6ft8xKzBzx6fNJbdmDTDm5d/abstract/?lang=es. Acesso em: 15 jul. 2021.

VIRTANEN, Lotta et al. Behavior change techniques to promote healthcare professionals’ eHealth competency: a systematic review of interventions. International Journal of Medical Informatics, Shannon, v. 149, n. 104432, p. 1-20, maio 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijmedinf.2021.104432. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33684712/. Acesso em: 5 set. 2021.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Telemedicine: opportunities and developments in Member States: report on the second global survey on eHealth. Genebra: WHO, 2010. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44497/9789241564144_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 5 set. 2021.

Downloads

Publicado

17-03-2023

Como Citar

Eduardo, I. M., Morais, L. de A., & Lôbo Corrêa, P. F. (2023). Perspectiva dos profissionais de saúde sobre o uso da telessaúde no contexto da pandemia da covid-19. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 17(1), 162–174. https://doi.org/10.29397/reciis.v17i1.3261