Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada: apontamentos para uma pauta política e de pesquisa

Autores

  • Inesita Soares de Araujo Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Adriano De Lavor Moreira Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
  • Raquel Aguiar Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v6i4.706

Palavras-chave:

Comunicação e Saúde, Doenças negligenciadas, Desigualdades em saúde, Saúde coletiva, SUS

Resumo

O artigo objetiva discutir as relações entre comunicação e negligenciamento, a partir de seu imbricamento na saúde coletiva, particularmente pelo conceito de doenças negligenciadas. Situa-se num conjunto de preocupações científico-acadêmicas e políticas sobre o tema da invisibilidade e do seu reverso, a visibilidade como problemas de saúde e de comunicação. Seu argumento apóia-se nas afirmações: a comunicação é evidência e fator determinante do negligenciamento, devendo estar entre os indicadores que caracterizam uma doença negligenciada; a comunicação pode ser considerada negligenciada quando persevera nos velhos modelos e práticas, age de forma centralizada, privilegia exclusivamente a fala institucional, ignora os contextos, é tratada como informação e não como interlocução; a comunicação negligenciada nega princípios do Sistema Único de Saúde. A abordagem contempla a caracterização das doenças negligenciadas; a visibilidade como uma característica constitutiva dos tempos atuais; a relação entre invisibilidade, negligência e cuidado; a caracterização do que se entende como “comunicação negligenciada”; a relação entre comunicação, negligenciamento e princípios do SUS. Conclui-se que a comunicação de que precisamos para garantir o direito à saúde necessita promover o reconhecimento daquilo e daqueles que não estão em cena.


Palavras-chaves: Comunicação e Saúde; Doenças negligenciadas; Desigualdades em saúde; Saúde coletiva; SUS.

Biografia do Autor

Inesita Soares de Araujo, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Mestre e Doutora em Comunicação e Cultura (UFRJ). Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde do Icict/Fiocruz. Professora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Coordenadora do GT Comunicación y Salud da ALAIC. Lider do Grupo de Pesquisa Comunicação e Saúde (diretório CNPq).

Adriano De Lavor Moreira, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (Icict/Fiocruz) e integrante do Grupo de Estudos dos Discursos e da Produção Social dos Sentidos na Saúde. Jornalista, Mestre em Comunicação e Cultura (UFRJ) e Especialista em Comunicação e Saúde (Ensp/Fiocruz). Subeditor da Revista Radis - Comunicação e Saúde (Ensp, Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Raquel Aguiar, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (Icict/Fiocruz). Jornalista, mestre em Ensino de Biociências e Saúde pela Fiocruz. Atua como coordenadora de comunicação social do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

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Como Citar

Araujo, I. S. de, Moreira, A. D. L., & Aguiar, R. (2013). Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada: apontamentos para uma pauta política e de pesquisa. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 6. https://doi.org/10.3395/reciis.v6i4.706