Estigmatização social pela leishmaniose cutânea no estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Sandro Javier Bedoya Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Publica, Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, Brasil.
  • Ana Cristina da Costa Martins Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses. Rio de Janeiro, Brasil.
  • Maria Inês Fernandes Pimentel Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses. Rio de Janeiro, Brasil.
  • Claudia Teresa Vieira de Souza Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde. Rio de Janeiro, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1091

Palavras-chave:

Brasil, leishmaniose cutânea, estigmatização social, consequências psicossociais, epidemiologia.

Resumo

Embora a leishmaniose cutânea raramente evolua para óbito, produz um impacto negativo na vida cotidiana, com consequências psicológicas e sociais que afetam as relações pessoais e a qualidade de vida do indivíduo afetado. O objetivo deste estudo foi demonstrar efeitos de comportamentos estigmatizantes, suas consequências psicossociais e sua possível relação com as ideias de cura, contágio e causalidade, a partir do relato verbal dos indivíduos com lesões cutâneas ativas de leishmaniose. Foram entrevistados 24 pacientes com lesões em áreas expostas da pele: quinze do gênero masculino e nove do feminino. Os depoimentos e questões abordadas no estudo mostram um importante impacto psicológico e social, especialmente no gênero feminino, com manifestações de exclusão social e atitudes estigmatizantes. As ideias preconcebidas popularmente sobre a causalidade e o contágio da doença parecem ser responsáveis por essas consequências. Portanto, fazem-se necessários estudos que incorporem uma abordagem multidisciplinar e contextualizada à história sociocultural das populações para minimizar o impacto negativo na vida dos indivíduos afetados.

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Publicado

29-09-2017

Como Citar

Bedoya, S. J., Martins, A. C. da C., Pimentel, M. I. F., & Souza, C. T. V. de. (2017). Estigmatização social pela leishmaniose cutânea no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 11(3). https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1091

Edição

Seção

Artigos originais