Possibilidade de uma nova agenda para as políticas de comunicação na América Latina

Autores

  • Murilo César Ramos UnB

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v4i4.643

Palavras-chave:

políticas de comunicação, América Latina, mídia, democracia, agenda

Resumo

Neste artigo, discutem-se as possibilidades de uma nova agenda para as políticas de comunicação na América Latina. Agenda que nasce de iniciativas políticas, com desdobramentos institucionais e normativos em curso ou já em execução, na Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela. Novas legislações para o rádio e a televisão, criação de emissoras públicas, enfrentamento de situações de monopolização ou oligopolização de mercados audiovisuais, prioridades para iniciativas de comunicação comunitária, discussões sobre usos democráticos de redes de banda larga, utilização social da televisão digital terrestre. Estes são exemplos de itens que compõem a nova agenda, agenda que, na realidade, é herdeira de muitas discussões feitas entre os anos 1960 e 1980, no âmbito da Unesco, mas que tinham sido abandonadas ao longo do processo de hegemonia liberal que se instalou a partir dos anos 1990 no subcontinente. Conclui-se, no artigo, que o fundamental da atual realidade midiática latino-americana é ter se transformado em um grande laboratório de ideias, princípios e diretrizes de política pública, como há décadas não se via; e isto em um ambiente democrático, de eleições livres, pluripartidárias, com alternâncias de poder, sem que faltem a esse ambiente, como seria de se esperar, radicalizações políticas, polarizações ideológicas, e desigual participação popular.

Biografia do Autor

Murilo César Ramos, UnB

Professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília - UnB. Pesquisador do Laboratório de Políticas de Comunicação - LaPCom. Sócio da Ecco – Estudos e Consultoria de Comunicações.

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Como Citar

Ramos, M. C. (2010). Possibilidade de uma nova agenda para as políticas de comunicação na América Latina. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 4(4). https://doi.org/10.3395/reciis.v4i4.643