Apropriação e compartilhamento – estudo das redes de sentido da saúde a partir do programa Globo Repórter

Autores

  • Nadja Maria Souza Araújo Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde
  • Inesita Soares de Araújo Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.3395/reciis.v6i4.626

Palavras-chave:

Comunicação e saúde, Mídia e saúde, Globo Repórter, Pesquisa em comunicação e saúde, Estudos de recepção

Resumo

 O trabalho apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado que estudou redes de compartilhamento de informações sobre saúde que as pessoas estabelecem após sua recepção de fontes midiáticas, tomando especificamente o Programa Globo Repórter. Tendo como foco a noção de promoção da saúde, comparou as concepções midiáticas com as das instituições do Sistema Único de Saúde. Trabalhando-se com quatro grupos socialmente distintos, dois do Rio de Janeiro (RJ) e dois de Aracaju (SE), foram traçados mapas das fontes e fluxos da comunicação recebida sobre temas de saúde (mercados simbólicos) e desenhadas redes de compartilhamento dessa informação. Os resultados apontaram que a concepção de promoção da saúde dos programas televisivos é comportamentalista e individualizante, não leva em conta as condições de vida dos indivíduos e coletivos e discrepa dos conceitos das instituições de saúde, mas não de sua prática. Os mapas mostraram que, apesar da centralidade da mídia, outras instituições concorrem pelos sentidos da saúde. A audiência se apodera desse discurso de acordo com seus contextos e repertórios e compartilha estes sentidos, compondo uma rede semiótica com possibilidades infinitas de desdobramentos.

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Como Citar

Araújo, N. M. S., & Araújo, I. S. de. (2013). Apropriação e compartilhamento – estudo das redes de sentido da saúde a partir do programa Globo Repórter. Revista Eletrônica De Comunicação, Informação & Inovação Em Saúde, 6. https://doi.org/10.3395/reciis.v6i4.626